terça-feira, 10 de maio de 2011

Obras Literárias do Modernismo - Leitura e análise

Queridos alunos, chegou a hora de mostrar o que descobriram através da leitura dos livros. Aguardo ansiosa!!! Caprichem!!!

14 comentários:

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  2. Roteiro de leitura e analise (Eu e outras poesias - Augusto dos Anjos)

    1 – Bibliografia
    Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 1884 na Paraíba e morreu em 1914 em Minas Gerais. Estudou Direito em Recife, viveu no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Exerceu a profissão de advogado foi promotor e professor de literatura. Produziu textos de grande originalidade e sua única obra Eu (1912) e outras poesias foi acrescentada posteriormente obra. Poeta que ligou o Simbolismo com Cientificismo Natural e Parnasiano.

    4 – Tempo
    Tempo Psicológico – Geralmente as situações são vividas a noite e às vezes em baixo de um pé de tamarindo.

    5 – Espaço
    (O Morcego) A situação é vivida em um quarto, já na poesia (Solitário) se passa em um cemitério.

    6 – Foco Narrativo
    Está em 1ª pessoa e às vezes em 3ª pessoa, o narrador ele participa diretamente nas situações vividas, e isso com certeza deixa a narrativa mais real. O narrador as vezes interfere com comentários. Essas atitudes mostram uma realidade muito grande na obra, com esses comentários no decorrer das situações.

    7 – Estilo
    Augusto dos Anjos era um poeta: angustiado, pessimista e ateu, foi com esse estilo que ele fez a obra. Transferindo tudo isso para suas poesias. Ele inovava com linguagem coloquial e cotidiana. Descreve constantemente o corpo humano ou de animais em situações deploráveis. Usa adjetivos a todo o momento.

    8 – Verossimilhança
    O grau de verossimilhança na obra é muito grande, chegando até a assustar com tamanha descrições das situações. A obra tem filiações com os seguintes movimentos literários: Simbolismo, Parnasianismo e Pré- Modernismo.

    9 – Movimento Literário
    Augusto dos Anjos é na verdade representante de uma experiência única na literatura universal: a união do simbolismo com o cientificismo naturalista. Por sua obra ter caráter sincrético, convém situá-lo entre os pré-modernistas.
    Os poemas de sua obra Eu e outras poesias chocam pela agressividade do vocabulário e pela visão dramaticamente angustiante da matéria, da vida e do cosmos. Compõem sua linguagem termos antipoéticos como escarro, verme, germe e etc.
    Além dessa “Camada Cientifica” há na poesia do autor a dor de ser dos simbolistas, marcada por anseios e angústias existenciais.
    Para o poeta não há Deus nem esperança, há somente a supremacia da ciência. Para o homem, as substancias e energias do universo que o geraram, tudo fatalmente se arrasta para a podridão e para a decomposição, para o mal e para o nada.

    10 – Conclusões
    Augusto dos Anjos em sua única obra Eu e outras poesias fez uma experiência única na literatura universal, juntou o simbolismo como o cientificismo natural, com fragmentos de outros movimentos, Augusto dos Anjos foi um poeta muito importante para a tradição da literatura brasileira, influenciando outros poetas e alguns cantores.
    Augusto dos Anjos chocou realmente me sua obra, com poesias antilíricas, é impossível não reconhecer qualquer poesia de sua obra, pois, as suas características são marcantes na literatura brasileira.

    EDIVAN LIMA SANTANA 3º07

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  3. Poesias analisadas (Eu e outras poesias - Augusto dos Anjos)

    O MORCEGO

    Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
    Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
    Na bruta ardência orgânica dasede,
    Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

    “Vou mandar levantar outra parede...”
    -- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
    E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
    Circularmente sobre a minha rede!

    Pego de um pau. Esforços faço. Chego
    A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
    Que ventre produziu tão feio parto?!

    A Consciência Humana é este morcego!
    Por mais que a gente faça, à noite ele entra
    Imperceptivelmente em nosso quarto!

    PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

    Eu, filho do carbono e do amoníaco,
    Monstro de escuridão e rutilância,
    Sofro, desde a epigênese da infância,
    A influência má dos signos do zodíaco.

    Produndissimamente hipocondríaco,
    Este ambiente me causa repugnância...
    Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
    Que se escapa da boca de um cardíaco.

    Já o verme -- este operário das ruínas --
    Que o sangue podre das carnificinas
    Come, e à vida em geral declara guerra,

    Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
    E há de deixar-me apenas os cabelos,
    Na frialdade inorgânica da terra!

    SONETO

    Ao meu primeiro filho nascido
    morto com 7 meses incompletos.
    2 fevereiro 1911.

    Agregado infeliz de sangue e cal,
    Fruto rubro de carne agonizante,
    Filho da grande força fecundante
    De minha brônzea trama neuronial,

    Que poder embriológico fatal
    Destruiu, com a sinergia de um gigante,
    Em tua morfogênese de infante
    A minha morfogênese ancestral?!

    Porção de minha plásmica substância,
    Em que lugar irás passar a infância,
    Tragicamente anônimo, a feder?!

    Ah! Possas tu dormir, feto esquecido,
    Panteisticamente dissolvido
    Na noumenalidade do NÃO SER!

    SOLITÁRIO

    Como um fantasma que se refugia
    Na solidão da natureza morta,
    Por trás dos ermos túmulos, um dia,
    Eu fui refugiar-me à tua porta!

    Fazia frio e o frio que fazia
    Não era esse que a carne nos contorta...
    Cortava assim como em carniçaria
    O aço das facas incisivas corta!

    Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
    E eu saí, como quem tudo repele,
    -- Velho caixão a carregar destroços –

    Levando apenas na tumba carcaça
    O pergaminho singular da pele
    E o chocalho fatídico dos ossos!

    A LOUCA

    Quando ela passa: -- a veste desgrenhada,
    O cabelo revolto em desalinho,
    No seu olhar feroz eu adivinho
    O mistério da dor que a traz penada.

    Moça, tão moça e já desventurada;
    Da desdita ferida pelo espinho,
    Vai morta em vida assim pelo caminho,
    No sudário da mágoa sepultada.

    Eu sei a sua história. -- Em seu passado
    Houve um drama d’amor misterioso
    -- O segredo d’um peito torturado –

    E hoje, para guardar a mágoa oculta,
    Canta, soluça -- o coração saudoso,
    Chora, gargalha, a desgraçada estulta.

    EDIVAN LIMA SANTANA 3º07

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  4. Parte I

    1- Bibliografia

    Euclides da Cunha nasceu no Rio de Janeiro em 1866 e morreu neste mesmo estado, em 1909, aos 43 anos. Foi um dos principais intérpretes do Brasil de seu tempo. Euclides da Cunha assistiu já na infância e em parte de sua juventude ao declínio da monarquia, e tornou-se um defensor das ideias republicanas. Viveu as tensões que antecederam o dia 15 e, proclamada a República, testemunhou as primeiras medidas adotadas pelo Governo Provisório representado pelo marechal Deodoro da Fonseca e por seu ministério, a política do Encilhamento, a primeira Constituição da República, em 1891, além da atuação de outros presidentes da República Velha. Euclides da Cunha foi designado correspondente de guerra pelo jornal O Estado de S. Paulo e esteve no arraial de Canudos durante a rebelião. Partiu rumo ao sertão baiano em 1897, aos 31 anos de idade. Da experiência resultou a obra Os sertões. Além de relatar a experiência no arraial de Canudos, a obra de Euclides da Cunha apresenta as novas ideias que circulavam no Brasil desde a década de 1870, baseadas nos modelos evolucionista e social-darwinista. A interpretação do país era realizada a partir de conceitos como progresso, ciência e labor.

    2- Enredo

    A TERRA – De um ponto de vista privilegiado, elevado, o narrador inicia uma série de descrições que, como foi dito, se aproximam de uma tese científica. Passando seu olhar arguto por análises biológicas, climáticas e geográficas, ele descobre o espaço do sertão. Começa pelo planalto central e chega até o norte da Bahia, no arraial de Canudos.

    O HOMEM – Partindo de uma análise da gênese antropológica das raças formadoras do homem brasileiro, o narrador decreta a impossibilidade de unidade racial, ou seja, no Brasil seria impossível termos uma raça homogênea. O narrador discorre, também, sobre as tradições sertanejas dos vaqueiros, descrevendo com minúcias seu modo de vida.

    A LUTA – O conflito de Canudos surgiu de uma pequena desavença local. Antônio Conselheiro havia encomendado e pago um lote de madeiras para a construção de uma igreja no arraial de Canudos.
    Como o lote não foi entregue, houve uma ameaça de ataque à cidade de Juazeiro. O juiz da região pediu ajuda ao governador da Bahia, que, não conseguindo resolver a situação, solicitou a presença das tropas federais. Antônio Conselheiro também era acusado de sonegador de impostos e de ser antirrepublicano, por manifestar-se contra a dissociação entre Estado e Igreja no casamento – medida surgida com o advento da República. Esses foram os argumentos oficiais do governo brasileiro para o ataque ao arraial de Canudos.


    Barbara Flavianne
    3°07

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  5. Parte II


    3- Personagens

    A obra descreve a composição física e psicológica dos habitantes dos sertões nordestinos, sobretudo da região baiana onde, no final do século XIX, deflagrou-se a Guerra de Canudos. O sertanejo captado por Cunha, - um homem urbano, letrado, habitante de um sul que despontava para a modernidade anunciada pelos clarins republicanos - representa quase que uma extensão ou repetição da natureza. Em momentos, inóspita e agreste. Em outros, farta e benfazeja. Essa dualidade talha os homens em espíritos bárbaros, impetuosos, abruptos. Homens emoldurados em vestimentas de couro assemelhados as armaduras medievais e que trazem como lanças as peixeiras e foices que desbravam a caatinga e superam os espinhosos cactus que, como as estiagens, ferem a alma e embrutece o corpo. Homens feitos para a luta, para desbravá-lo pioneiro do sertão e que, tangidos pela miséria e fascinados pelo Conselheiro, defendem, com o preço da vida, a utopia de Canudos.
    Completa o elenco dos personagens descrito na segunda parte, estudando-os em conjunto, como o trecho "Psicologia do Soldado", ou de modo particular, o retrato físico e psicológico do coronel Antônio Moreira César.
    O Homem, "O Hércules-Quasímodo" - Esta segunda parte apresenta um estudo genérico da índole do homem e a sua distribuição pelo território nacional. Fala de raças (índio, português, negro), e de sub-raças (mestiço). O mestiço é o resultado do cruzamento de dois elementos étnicos: um superior, outro inferior. Euclides, de acordo com a doutrina do Evolucionismo, julga prejudicial à mistura das raças, porque o mestiço - mulato, mameluco, cafuzo - menos que um intermediário, é um decaído, sem a energia física dos antecedentes selvagens, sem a intensidade intelectual dos ancestrais superiores. Vivem-se em meio aos elementos étnicos superiores, desequilibra-se, atrofia-se, degrada-se. O mesmo, porém, não acontece com o mestiço que convive com os elementos inferiores. É o caso dos que habitam o litoral e os do sertão (sertanejos): "O Sertanejo é antes de tudo um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral". É como um "Hércules-Quasímodo". Sua figura é ao mesmo tempo forte e débil, atlética e aleijada: Hércules (semideus latino), Quasímodo (monstrengo, disforme). Euclides expõe a genealogia de Antônio Conselheiro, suas pregações e a fixação dos sertanejos no arraial de Canudos.

    4- Tempo

    A formas de trabalhar o tempo cronológico faz com que o livro passe a sensação de que no sertão o tempo passe mais devagar que em outras regiões. O escritor mostra o isolamento físico, que acarreta um isolamento temporal, do povo sertanejo através de seu ambiente.
    O escritor também mostra, na primeira parte do livro, que a terra, assim como o sertanejo, sofre a influência dos fatores mesológicos.
    As condições estruturais da terra lá se vincularam à violência máxima dos agentes exteriores. É de algum modo o martírio da terra, brutalmente golpeada pelos elementos variáveis, distribuídos por todas as modalidades climáticas.

    5- Espaço

    Para ambientar a Guerra de Canudos, Euclides da Cunha descreveu toda a geografia do sertão levando aos leitores de seu livro, uma verdadeira radiografia da região. Ele revelou ao Brasil o que ninguém até então conhecia: que o sertão é um só, uma pátria independente.

    Barbara Flavianne 3°07

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  6. Parte III

    6- Foco Narrativo

    A visão positivista de Euclides da Cunha faz com que escreva uma obra que não tem o interesse apenas de contar a história de uma guerra, no caso, a de Canudos, mas sim explicar o que deveria ser executado pela República após a guerra. É aí que o escritor vai dizer: “Eram, realmente, fragílimos aqueles pobres rebelados... Requeriam outra reação. Obrigava-nos a outra luta. Entretanto, enviamos-lhes o legislador Comblain3; e esse argumento único, incisivo, supremo e moralizador – a bala”.
    Uma frase escrita por Euclides da Cunha em Os Sertões define bem seu pensamento: “Ou progredimos, ou desaparecemos”.

    7- Estilo

    O estilo de Euclides, junto às teorias científicas utilizadas por ele, tem uma função primordial para que Os Sertões tenha a dimensão alcançada. O vocabulário rebuscado do escritor, rejeitado por alguns críticos da época e elogiado por outros, tem a intenção de unir ciência e arte, seguindo assim a proposta de Taine. Euclides utiliza muitos recursos, como onomatopeia, polissíndeto, metáfora, metonímia, hipérbole, antítese, além do uso de muitas expressões estrangeiras, principalmente palavras em latim, e termos técnicos e científicos.
    Juntando adjetivos a substantivos já de si imensos, para torná-los ainda maiores; substantivando verbos para melhor submetê-los ao seu querer; justapondo palavras contrastantes que ia buscar no passado distante ou na boca do vaqueiro que ouvia; pluralizando termos como o do próprio título do livro; praticando uma série de atos temerários para seus amigos que bem conheciam os clássicos da língua, como vimos, Euclides apenas procurava exprimir-se como desejava, levando às últimas consequências o aprofundamento temático, embora sem se dispuser a contrariar o “viés tradicional da língua”...
    Não obstante a essa busca por uma arquitetura perfeita das palavras, o escritor alterou muitas palavras n’Os Sertões quando a obra já estava impressa e pronta para ser vendida. Euclides buscava no “casamento certo das palavras” dar ritmo à obra; por isso, segundo Citelli, o autor utilizou aliterações e assonâncias.

    8- Verossimilhança

    O fanatismo religioso que o sertanejo demonstra nas páginas de Os Sertões é fruto de seu atraso; assim como a República se mostra em um estágio atrasado por utilizar o aparato militar para resolver uma questão cujo único problema é a exclusão social. A gravidade dos fatos ocorridos na guerra de Canudos deveu-se à instabilidade política pela qual passava a república nascente.
    As discussões sobre o que caracterizava uma raça foram intensas no país na segunda metade do século XIX, principalmente durante a fase naturalista, e encontra-se na obra Os Sertões uma busca de definição das raças presentes no Brasil. Os Sertões, como também já foi apontado, guarda apenas uma relação indireta com a craniometria e a herança da frenologia. A caracterização do jagunço e da nacionalidade nesta obra se apoia fundamentalmente sobre o amplo espectro de relações entre visível e invisível que atravessa a Psicologia do fim do século, na qual as patologias mentais são associadas ao conceito de patologias sociais.
    Euclides vê nas missões bandeirantes uma mistura que ocorreu entre o branco, paulista que rumava ao norte, e o índio, residente do sertão. Cunha diz: “jagunços: colaterais prováveis dos paulistas”. Isso é o mote que Euclides aproveita para iniciar sua etnologia do brasileiro. O sertanejo continua a ser um mestiço, mas diferente do mestiço do litoral, que é fruto do relacionamento entre o branco e o negro, o jagunço provém da mistura do índio com o branco.

    Barbara Flavianne 3°07

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  7. Parte IV

    9- Movimento Literário

    Euclides da Cunha foi um dos principais escritores pré-modernistas. “Os Sertões” é um marco liteário do movimento. Chamamos de Pré-Modernismo a essa fase de transição literária entre as escolas anteriores e a ruptura dos novos escritores com as mesmas.
    Enquanto a Europa preparava-se para a guerra, o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”, onde os grandes latifundiários do café dominavam a economia.
    Ao passo que esta classe dominante e consumista seguia a moda europeia, as agitações sociais aconteciam, principalmente no Nordeste. Na Bahia, ocorre a famosa “Revolta de Canudos”, que inspirava a obra “Os Sertões” do escritor Euclides da Cunha. Em 1910, a rebelião “Revolta da chibata” era liderada por João Cândido, o “Almirante Negro”, contra os maltratos vividos na Marinha.
    Aos poucos, a República “café-com-leite” ficava em crise e em 1920 começam os burburinhos da Semana de Arte Moderna, que marcaria o início do Modernismo no Brasil. O Pré-Modernismo não chega a ser considerado uma “escola literária”, pois não há um grupo de escritores que seguem a mesma linha temática ou os mesmos traços literários.

    10- Conclusões

    Euclides da Cunha, além de escritor, era jornalista. Sua obra máxima, Os Sertões, trata da Guerra de Canudos jornalista e literariamente e é considerada uma das melhores do período em que Euclides se encaixa na Literatura Brasileira: o Pré-Modernismo.
    O livro acaba, mas não termina. Com esta obra o Brasil ganhava uma das suas mais importantes reflexões sobre a identidade nacional. O escritor do início da obra, positivista que acreditava na república, é o mesmo que denuncia a dor a fome e a barbárie. Canudos foi um crime cometido para e pela reiteração da república. O cancro monarquista nunca existiu naquela terra esquecida pelos seus governantes e o Estado só chegara tão longe para trazer a injustiça e a morte. Essa não era a república reclamada pelo autor.
    Como identidade nacional, podemos tirar desta obra a seguinte frase: “A nação brasileira é o resultado de uma angústia racial”. Euclides sofre essa angústia da qual as “leis” européias não dão conta. O Brasil é um país sem seu tipo antropológico definido e ele, Euclides da Cunha, é o primeiro que se propões a fazer um estudo a fundo desses cruzamentos todos que nos formam. Euclides não mascarou a realidade porque não pregou uma falsa igualdade social entre as “raças”, o que seria feito por outros, como Oliveira Viana ou Afonso Celso. Se hoje podemos enxergar mais longe que Euclides é porque somos pigmeus olhando do ombro de gigantes como ele.


    Barbara Flavianne 3°07

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  8. Aí Aline o restante do trabalho que fiquei devendo!

    2- Resumo do Enredo
    Os principais acontecimentos das poesias são justamente as características que Augusto dos Anjos dá para os seres vivos abordados, sejam eles, homens ou animais. São descrições geralmente deploráveis dos personagens, com bastante realismo.

    3- Personagens
    Os personagens são Augusto dos Anjos o próprio narrador e pessoas ou animais da imaginação dele, geralmente em situações bastante destruídas e deploráveis. Alguns personagens são: morcego, feto, cadáveres e entre outros.

    EDIVAN LIMA SANTANA 3º07

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  9. Os Sertões - Euclides da Cunha

    • 1°- Bibliografia
    Vida - Euclides Rodrigues da Cunha nasceu em Cantagalo, 20 de janeiro de 1866. Foi escritor, sociólogo, repórter jornalístico, historiador e engenheiro brasileiro. Órfão de mãe desde os três anos de idade, foi educado pelas tias. Frequentou conceituados colégios fluminenses e, quando precisou prosseguir seus estudos, ingressou na Escola Politécnica e, um ano depois, na Escola Militar da Praia Vermelha. Contagiado pelo ardor republicano dos cadetes e de Benjamin Constant, professor da Escola Militar, atirou durante revista às tropas sua espada aos pés do Ministro da Guerra Tomás Coelho. Euclides foi submetido ao Conselho de Disciplina e, em 1888, saiu do Exército. Participou ativamente da propaganda republicana no jornal O Estado de S. Paulo. Proclamada a República, foi reintegrado ao Exército com promoção. Ingressou na Escola Superior de Guerra e conseguiu ser primeiro-tenente e bacharel em Matemáticas, Ciências Físicas e Naturais. Euclides casou-se com Ana Emília Ribeiro, filha do major Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro, um dos líderes da República.
    Em 1891, deixou a Escola de Guerra e foi designado coadjuvante de ensino na Escola Militar. Em 1893, praticou na Estrada de Ferro Central do Brasil. Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu dois artigos pioneiros intitulados "A nossa Vendéia" que lhe valeram um convite d'O Estado de S. Paulo para presenciar o final do conflito. Isso porque ele considerava, como muitos republicanos à época, que o movimento de Antônio Conselheiro tinha a pretensão de restaurar a monarquia e era apoiado pelos monarquistas residentes no País e no exterior.

    Principais Obras-
    Os Sertões (1902)
    Contrastes e Confrontos (1907)
    À Margem da História (1909)
    Peru Versus Bolívia (1907)
    Castro Alves e seu Tempo (1907)

    • 2°- Resumo do Enredo
    O livro foi dividido em três partes: a terra, o homem e a luta.
    O autor começa descrevendo, geograficamente, o grande maciço central brasileiro para chegar à região do Vaza-Barris, ao norte da Bahia, onde se passou a Campanha de Canudos. Demarca-a, e descreve sua flora, sua formação geológica e a influência do clima. Procura interpretar sua evolução geológica. Escuda-lhe a hidrografia e a conformação orográfica. Descrevem as tradições dos vaqueiros, o estouro da boiada, o folclore, a influência das secas, a religiosidade mestiça. Conclui que as agitações sertanejas são baseadas no fanatismo. Canudos, por exemplo, é uma agitação nordestina, baseada no fanatismo. Monte Santo já era um lugar lendário. Daquela complexidade étnica e sob aquelas influências ecológicas e sociológicas era inevitável o aparecimento de um Antônio Conselheiro.

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  10. Fizeram-no santo devido ao seu misticismo estranho, quase um feiticeiro. Ele não deslizou para a loucura, porque o ambiente o amparou, respeitando-o. Antônio Conselheiro descendia de cearenses do norte, de gente arrelienta que há 50 anos sustentava uma rixa de família. Infeliz no casamento-abandonado pela esposa raptada por um policial, e por isso fulminado de vergonha - embrenha-se nos recessos dos sertões, surgindo incógnito, missionário sombrio, no nordeste baiano. Era produto condensado do obscurantismo de três raças, criando em torno de si lendas que se espalhavam por toda aquela imensa região. A Igreja tentou intervir, inutilmente. Canudos, que era um lugarejo obscuro antes da vinda do Conselheiro, revivesse com sua chegada, em 1893, crescendo rapidamente, a pau a pique, chegando a possuir 5000 casas, com 15000 a 20000 habitantes. A 2ª Expedição, comandada pelo major Febrônio de Brito, da força estadual, veio melhor aparelhada, formada de 543 praças e 3 médicos. Seria a “1ª Expedição regular” contra Canudos. Os fanáticos eram comandados por João Grande, João Abbade, Pahejú, Macambira, pai e filho, José Venâncio e outros. A 3ª Expedição, comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, mais numerosa e melhor equipada que as duas primeiras, fez base, também, em Monte Santo. Eram 1.300 combatentes, fartamente municiados, com cerca de 350.000 cartuchos e 70 tiros de artilharia. Não passava ideia de alguém um revez. O 1º encontro foi no ribeirão de Pitombas. João Abbade, o “corta-cabeças”, estava no comando da defesa dos jagunços.
    Alarmada com os resultados da luta toda envia batalhões para combaterem os jagunços. Do Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia, etc. seguiram soldados regulares para enfrentar inimigo odioso. Eram 5.000 homens, em 6 Brigadas. As 1ª, 2ª e 3ª Brigadas eram comandadas pelo General João da Silva Barbosa e as 4ª, 5ª e 6ª comandadas pelo General Cláudio do Amaral Savaget. O general Artur Oscar era o comandante em chefe. As duas colunas partiram de pontos diversos e deviam se encontrar em Canudos. Estavam com abundância de material de guerra.
    A 1ª expedição foi na frente e tomou o caminho das expedições anteriores. Repetiu-lhes erros. Acampada defronte Canudos sitiou o arraial e, em conjunto com a brigada do General Savaget, investiu-o sem sucesso. coluna do General Savaget parira de Aracajú. Possuía 2.350 homens. De Jeremoabo a Canudos fazia marcha esclarecida e firme. A margem da Vasa-Barris deu-se o 1° combate de Cocorobó, que termina com ataque dos lanceiros em formidável carga de baionetas e fuga dos jagunços. No dia seguinte a peleja continua, em combate renhidíssimo (Combate de Macambira) com a morte do Tenente Coronel Sucupira.
    Unidas as duas colunas a guerrilha continuou, crônica, em refregas furiosas e rápidas, longas reticências de calma, pontilhadas de balas. Os jagunços atacaram a “matadeira”: 11 fanáticos invadiram o centro do acampamento militar para destruir o canhão “Withworth 32” que eles apelidaram “a matadeira”. Estavam comandados por Macambira. 10 foram mortos a baioneta tendo um escapado miraculosamente, varando as fileiras agitadas. As tropas aguardavam uma briga salvadora.
    ato imprevisto: o inimigo, agônico, reage inesperadamente e vigorosamente. Mas logo depois decai a reação, atingindo o desenlace.
    Os soldados da República impunham às vítimas cenas cruéis: “Agarravam-nas pelos cabelos, dobrando a cabeça, esgargalhando lhes o pescoço e francamente exposta a garganta, degolavam-nas” ou “enleado o pescoço da vítima num cabresto, estrangulavam ou esfaqueavam”. Rivalizavam-se aos jagunços em barbaridades.
    A 28 de setembro Canudos não respondeu às duas salvas de vinte tiros. Era o fim. Foi dinamitada com 90 bombas nesse dia, terminando em incêndio. Entregou-se o Beatinho e entregaram-se as mulheres e crianças. Fez-se pequena trégua depois da qual recomeçou o tiroteio.
    “Canudos não se rendeu”, resistiu até o esgotamento completo.

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  11. 3° Personagens
    O personagem principal mais óbvio é Antônio Conselheiro. O detalhe é que ele começa sendo o antagonista, e ao poucos vai se transformando no protagonista. Por outro lado os comandantes militares também passam por essa metamorfose, se transformando não mais em heróis protagonistas, mas em antagonistas. O Coronel Moreira César, então, chega a ter elementos grotescos em sua descrição. Tem outros personagens secundários, sem nenhuma importância se comparados com os dois que citei. Moradores de Canudos, personagens do mito da vida de Conselheiro etc.

    • 4° Tempo
    A história está em tempo Cronológico.
    Além de estar em tempo cronológico, há um grande entendimento na história e nos personagens, pois fica mais fácil o entendimento.

    • 5° Espaço
    Euclides da Cunha revelou ao Brasil o que ninguém até então conhecia: que o sertão é um só, uma pátria independente. Mostrou que a Guerra de Canudos não foi apenas um acontecimento local, mas um grito de revolta de todo o sertão brasileiro.

    • 6° Foco Narrativo
    O ponto de vista deste livro encontra-se em 3° pessoa, os personagens atendem melhor ao narrador e o próprio vira personagem ao longo da história.

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  12. 7°Estilo
    Tratando-se sempre de uma obra de fundo histórico, a margem de liberdade estilística se faz maior no momento da elocução (no caso, pelo uso intensivo de certas figuras) do que na montagem do relato; esta depende, em larga medida, da série cronológica. Por intensificação entende-se aqui o uso de termos e de expres¬sões que potenciam a apreensão do objeto pela palavra. Boa parte do "gongorismo" verbal atribuído a Euclides deve-se reportar a seu vezo de agigantar o tamanho, agravar o peso, acelerar o ritmo, alongar as distâncias, acentuar as diferenças, exasperar as tensões, radicalizar as tendências: em suma, ver nas coisas todas as sua face desmedida e extrema. Como de costume Euclides utiliza versos curtos neste texto o que facilita a interpretação.

    • 8° Verossimilhança
    A linguagem do autor é um espelho de sua própria compreensão do universo retratado. “A partir da maneira como” Euclides da Cunha dispõe, dá coerência, organiza e estrutura as concepções e idéias que lhe suscita a realidade circunjacente, no interior do espaço peculiar aberto por sua linguagem, é que podemos descortinar a sua visão de mundo.

    • 9° Movimento Narrativo
    Os Sertões dá início ao que se chama de Pré-Modernismo na literatura brasileira, revelando, às vezes com crueldade e certo pessimismo, o contraste cultural do sertão e o do litoral.

    • 10° Conclusão
    A obra os sertões foi e é muito importante não só para a literatura mas também para o entendimento de outras culturas sociais como a do sertanejo, além de estarmos entendendo o que acontecia na época pois o livro os sertões fazia uma critica a politica da época no qual não olhavam para as pequenas cidades “os sertões” como até hoje acontece.

    Aluno: Gabriel Tadeu Tavares de Souza Santos 3°07

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  13. 1 – Bibliografia
    Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
    É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".[1]
    Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos sete anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.
    Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, ativista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicista, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterônimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".
    Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos, na cidade onde nasceu. Sua última frase foi escrita em Inglês: "I know not what tomorrow will bring … " ("Não sei o que o amanhã trará").

    2- Resumo
    Mensagem foi o único livro de poemas em português publicado durante a vida de Fernando Pessoa e inclui algumas das poesias mais intrigantes de sua autoria. Antes de qualquer coisa, Mensagem é uma homenagem do maior poeta moderno em língua portuguesa à sua pátria.
    Nele, Pessoa revê a história do seu país, passando pelo período da mitológica fundação de Lisboa por Ulisses, pela época das navegações, os diversos monarcas e figuras da corte, pelo mito do Sebastianismo e do Quinto Império, e urge Portugal a ir de encontro ao glorioso futuro que, segundo ele, lhe estava reservado. Recheado por símbolos e signos místicos e revela uma visão de mundo muito particular do próprio poeta, sendo o mar um dos personagens principais.

    5- Espaço
    Basicamente a história do poema se passa no mar, onde retrata as principais conquistas de Portugal durante a história.

    6- Foco narrativo
    Busca retratar a história de Portugal e de suas conquistas marítimas , seu período de decadência com a posse do trono português ao rei Felipe II , da Espanha até o possível retorno do Don Sebastião , visto como grande esperança para a pátria portuguesa . Observa-se nesta obra , a visão providencialista da história , na qual reside a idéia da predestinação divina de Portugal em realizar a colonização de outros países

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  14. 7- estilo
    A poesia Histórica Nacionalista
    Verossimilhança
    È um livro que trata principalmente do lado mitológico das conquistas de Portugal, não tendo assim completa coerência com a realidade. Repleta de símbolos, sebastianista, e que foi depois em grande parte incorporada na ideologia oficial da ditadura Salazarista

    8- Movimento Literário
    Modernismo Português

    9 - Conclusão
    O livro é dividido em três partes: “Brasão”, “Mar Português” e “O Encoberto”.
    Na primeira, Fernando Pessoa percorre a história de Portugal através de figuras
    históricas , emissários e heróis a serviço da vontade divina. Parte da idéia que a
    Condução da história é resultado dos desígnios divinos e apresenta-se a formação de Portugal como país.
    Enquanto linguagem, o texto apesar de moderno, é escrito em tom grandioso
    e solene.

    I. OS CAMPOS
    PRIMEIRO / O DOS CASTELOS
    A Europa jaz, posta nos cotovelos:
    De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
    E toldam-lhe românticos cabelos
    Olhos gregos, lembrando.

    O cotovelo esquerdo é recuado;
    O direito é em ângulo disposto.
    Aquele diz Itália onde é pousado;
    Este diz Inglaterra onde, afastado,

    A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
    Fita, com olhar sphyngico e fatal,
    O Ocidente, futuro do passado.

    O rosto com que fita é Portugal.

    SEGUNDO / O DAS QUINAS

    Os Deuses vendem quando dão.
    Comprasse a glória com desgraça.
    Ai dos felizes, porque são
    Só o que passa!

    Baste a quem baste o que lhe basta
    O bastante de lhe bastar!
    A vida é breve, a alma é vasta:
    Ter é tardar.

    Foi com desgraça e com vileza
    Que Deus ao Cristo definiu:
    Assim o opôs à Natureza
    E Filho o ungiu.


    A primeira parte de Mensagem, Brasão, se estrutura como o brasão português, que é formado por
    dois campos: um apresenta sete castelos, o outro, cinco quinas. No topo do brasão, estão a coroa e o timbre,
    que apresenta o grifo, animal mitológico que tem cabeça de leão e asas de águia.

    ALUNA : THAYNÁ DE CARVALHO COSTA 3º07

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